15 dezembro 2008

Renascer

Lendo as estrofes da canção
a alma canta...
Às vezes me encontro
com o texto que cobiço,
será? Ah, amor
Maluco amor
Como é possível destroçar
tamanha loucura nas
entranhas de mim?
E de onde saiu esse mim á
dançar sobre o alicerce
fazendo-me escapar da
rigidez desta plataforma?

Sou despida por teu
“sopro” eu evaporo
Minhas partículas em
reinvento por sentir- te
Eu renasço, e o único peso
é a umidade da
placenta sobre minhas
Pálpebra... Vejo-te!

Peço teu colo e nele
Empoço-me... enrosco-me,
Debruço-me sobre tua boca
teu infinito á mim...Tenho

Céu copula o mar
o tempo é lento...
Nesta linha gaivotas
nos recitam.

Vera Lúcia Bezerra
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08 dezembro 2008

Beija flor, "Linda"

Em meio aos rascunhos os suspiros,
A vontade mergulhada no imaginário,
Ah!
Teu Cheiro sonhava,
Tomar da doçura,
Tocar a formosura,
Sentir os deslizes dos
Cabelos entre os dedos,
E lamber as orelhas...
Vagas distante bem
Além dos norte... e

- Haverá de encontrar
Os teus olhos...
Abrir a tua boca
E mostrar o estômago vazio,
O espírito cor de rosa á flor da pele!
"A carne que já é queimando"
O Suor ardendo,
E o cheiro esvaindo das
Almas se servindo da bebida doce,
Amareladas de pólen...
“O tempo se sentou bem ali!
E parou com a cabeça girando entre
As mãos que lhe apoiavam o queixo,
Nem juízo fez,
Que jeito”?
Unirem - lhes
Beija e flor
E “Linda” amou-lhe.
E amou-lhe mais ainda.

*
Vera Lúcia Bezerra Freitas
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22 novembro 2008

Vem Dor mi

Há quase uma inverdade
na boca do poeta
Onde o verso cru agonia...
Mas é
Na nudez do seio que as rochas lapidam
Destroçando tuas ideias,
e em tuas veias um rio de perigo...

Desenhando

As marquinhas do grafite contornam
a crença do poeta,
e quando chegam ao sagrado
quedam sobre a tua boca,

minha curva predileta...
Oceanos se formam,
Mel e sal em abundância,
As ondinas dançam
Horizontes delineiam-se na distância
As estrelas se acendem,
Junto aos tornozelos de
Vênus
Meus
pobres versos
se rendem.

veraluciabezerracarmenreginadias
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16 novembro 2008

Inspiração de poeta

... Então arranco a pele do poeta e ...
eis que surjo,
identidade original,
muitas almas num mesmo corpo de poeta!

... Assumo eu em ti, acolhes, e
“Quando me pareço, não sou quem estou”...
Manifesto noutro segundo que alguém lê.

- Mas, me arraste uma mesa com
lápis e papel...
Traz borracha meu amor.
Fusão diante a tua alma...
Nossas aspirações pulam a janela
dos teu olhos...
Uma mão abre as cortinas
das valas,
e a outra deposita
a esperança em um grão...

veraluciabezerracarmenreginadias
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15 novembro 2008

Pura Vervain

Adoração ao verso
como-os como sendo meus, Teus.
Para mim pura Para ti vervain,
por isso ainda mais limo.
Minúsculos esconderijos...
Por onde agora correm as mãos,
Que posto sobre as pernas
“[sobre o vermelho rubro
dos cetins,
dos lençóis,
úmida seda brilhando na noite do meu bem]”.
Noite que me imploras,
Que não me imponho...
As bocas por si se abrem
As línguas se afogam...
Não se estranham os dentes,
Mas, comem-se...
Os corpos tombam
as maratonas no caminho certeiro das mãos,
Que valsam uma única canção,
“E ouçam... um coro... Um choro”!
Os poros se rendem desaguando os apuros,
e não há uma única gota de dor....
Dos pés se esvaiecem as raízes!
Sem chão os corpos vão caindo...
Caindoooo...
Sobre o algodão,
e a pele que era gruta guardada
desvendam as rendas... e
Sobre as estampas se cravam
as unhas,
os dedos,
tremendo de desejo,
Onde tua, minha língua passeou...

Vera Lúcia Bezerra
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13 novembro 2008

Dor mi


Enquanto dormias
Faróis ardiam,
e o mar afogava as fábulas
dentro dos meus olhos...

As narinas derretendo
trazendo as vertigens que a alma
não permitia!

A lua ofuscava o interior da senzala e
Engolia o caminho das estrelas,
A noite açoitava...
O calor não me tomavas,
o frio governava sem doçura,
nem afagos, nem luxuria...
Despias-me,

Em nada mais acreditava,
imagem, miragem...ilusão?

- E o semblante gentil
do maior profeta
do futuro que me cria,
Alumia pra luz doutros dias?
Sopras
soprassss me.
Então eu creio.
E pareço que nunca
vi o passado.

Vera Lúcia Bezerra
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12 novembro 2008

Que bicho é?

...Há tempos e
Temporais,
Há ainda quem
molhe a pele já fria,
há frio que é fogo...

Quem sustenta
as pernas que tremem?


"
Se as asas se enrugam
o corpo trinca e o verbo cai"
- O que era gemido
Nem zumbido,
se esvaece...

Deixa-me que engulam os
Redemoinhos...
eu os faço soprinhos e
Danço na fúria desses ventos...

Nada tenta...
Nem a voz do anjo...

- Ah meu anjo, que bicho é eu?
To querendo o atrevimento!
- Já que não posso da carne,
ao menos sentir o cheiro da seiva,

Descamisa vento, que
Banho-me no colo das nuvens,
em teu leito nú esqueço

e deleito-me...

- Anjo, dou-te o que eu disse
que eram meus,
As minhas miçangas,
os desenhos e bordadinhos,
As lantejoulas dos meus olhos...
E enquanto durmo,
que sejam elas as tuas
Lanternas, e que tu possas
Generosamente
Olhar aquela janela... bela!

Levo comigo os teus
molhos de terços pra queimar
as minhas mãos!
- Mas sei, adianta NÃO.
Devoraria o queijo furadinho da lua...
Comeria até a fome do leão.

Vera Lúcia Bezerra
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09 novembro 2008

Céus!


...Infinito deste DEUS.
Sou rosa, mas me lanço
verde jardim!
Nem sei dizer o gosto das
águas que convidam
Na bica das grotas,
“Firme uma profecia e faz destino".
...Choras a infante,
Almeja a fonte sagrada
do coreto do poeta...
Quer beber de tua boca...
unhar a pele,
Bordar borboletas nas tuas teias,
subir nas trepadeiras
polinizar
beijinhos, fecundar o jasmim.

Dai-me longas asas também nos pés!
Batidas imortais... Cheias de fé.
Atire o regador á fonte doce...
Orvalhe os meus olhos desse amor,
Apresas-te pra que a tempo me beijes,
Ou não me resto em flor...

Vera Lúcia Bezerra
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08 novembro 2008

...Mudanças, Ladeira sem carrinho!

Onde passaram as rodinhas de rolimã
tombei minha boca,
Não me deixaram dor de dente,
nem dedo arrebentado que o
Cuspe não curasse...

Sorriso estremecia dentro
do veículo imaginário, costas arqueada
sem consciência adivinhas...
Nada queria, Alegria corria solta,
pedra polida colhida no córrego valia ouro...
Caminhos eram os riscos das rodas ficando lá atrás...

Imagens sem pecado, eu de fato dentro
de um poço! Nem rezava o credo,

Adorava brincar de fantasmas,
Andava descalça, tomava banho
de orvalho comendo marmelada
Na estrada, ninguém me via.

“Às vezes a criança chorava por coisas
Que não conto, por me dá preguiça...
Mas tristeza não tinha chão”.

Hora vou lá... Planar nos sonhosss
- Não subo a ladeira sem o rolimã,
E não morro de tantas coisas quando crescer...

Firmou em mim...
Um rastro sonoro de risos todos os dias,
Tesouros são as cascas coloridas de besouro,
“Descabeladas”, minhas bonecas no milharal...
O gliter das asas das borboletas em minha mão,
Os mistérios e fantasia que só eu via...

Vera Lúcia Bezerra
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25 outubro 2008

Poema lilás de Carmen Regina


Pura
Cristalina
Cheiro de sonho
Essência de menina
Desabotoada virou lilás
Minha violeta recém aberta
Tão linda com um laço na frente
Misteriosa quando a enlaço por trás
Mãos macias deslizam em folhas de cetim
E a poesia anda nua pelas terras do sem fim
Vem tirar-me o sono, enrolar-se em meu sonho
A noite flutua na linha do horizonte,
e eu bem sei
Poesia virá
sentar-se no
trono do rei e,
então, eu a adorarei.
Carmen Regina Dias
Imagem Google

VEM Ou VOO

A estrada é um canal de rastros,
Nos teus passos calço meus pés
...As bolhas que nestes ardem são
As mesmas que nos levam ao céu...
“O éter reveste a voz dos almejos em louvor”,
Nesses canais chamados amor.

Dispamos o fardo incomodo que
Morrem os pensamentos aqui,
É ágil o desejo que empossa
Pra mergulhar na saliva...
Cachoeiras de nós, que as
Línguas desatam,
Os desarrumo das ondas
Revira o sono, que passa

Se ainda assim cairmos,
A gente afunda o cais,
Percamos a chave do tempo
Amassando os delicados lençóis...
E repetimos...repetimos...repeti...
Por puro esquecimento.

Vera Lúcia Bezerra Freitas

22 outubro 2008

Leva-me essa estrada


Leva-me essa estrada margeada de andorinhas,
há uma terra que eu canto, nela semearei a promessa...
Abro as valas deste chão,
sentindo a fertilidade
em abundancia estremecer,
faço uma oração ecoante
envolta do roçado
e desperta o espírito do trigal,
que desabrocha como em jazidas de cores
-são promessas contemplando
o serrano pensamento da terra,
nem atoleiro,
nem vento sorrateiro
Atentam-se,
a boca do mundo se cala
e os teus ouvidos se acendem...
É solene sentir a alma
tocar os pés sobre a urgência
do solo ardente,
tingindo veredas coma a cor dos teus olhos

Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem Google

18 outubro 2008

Cria da Poesia

A alma tem
poesia
quer anelar
dar crias,
Igual á você
que me
encanta,
Seio
revolto
de mar
meu
recanto.
Afogo-me...
Excesso a poesia não pede,
ou se perde,
desalinha os cabelos em valsa ao vento...

“feche os olhos pra não ver
ou ser o poeta protagonista,
para que o próprio não se aperte,
e o anel te maltrate o dedo”

"Camuflo-me nos caracteres
que pigmentam a minha pele
Mas eu não sou poeta,
sou envolta a arame farpado
pontiagudo e afiado,
mirando a pureza de tua pele"(.)

Negas-me o legado, tão insano
sangrar a delicadeza da fantasia.

- Mergulhar pra sentir cada um
dos elementos que compõe
a tua natureza poética,

- Ondas me despem...
Pilastras que encaixo membros que enlaço,
boca que me empoço me abastecem,
Desfechos me abrem em te amo.

Vera Lúcia Bezerra
Imagem Google

17 outubro 2008

...Margaridas pra deitar

O dormir se acorda,
e os lençois
amassados
fazem ondas,
sobre o travesseiro conto margaridas,

“Em meus cabelos teus dedos passeiam ”
-Falta ao inçono o personagem.

Nada me cabem além do bem te quer...
Coisas minhas mexendo do lado de cá
te querem, só adentrar...

- "Se me arrisco sorrir, é por sentir
o atrito dos minúsculos cascalhos

embaixo dos meus pés,
acordando pra forma dos passos"


Parte de mim sempre fica por lá,
e mesmo que não me aches,

é plantada a sentinela lírica do poeta,
buscando um movimento
qualquer na janela...

A outra metade vai medindo

a mim mesma,
Segundos de terreno em retiro,

e no da hora, pronto pra cultivo...
Plantai-vos.

Guiando-me a fome,
trilha de sentido único,
onde as vezes me calo,

pela escassez do ar,
contenho os gritos do estomago...

Pouco pra tornar-me concreto, pedra...
Então desfaleço sobre o algodão dos tecidos
adornados de musgos,
para da descanso ao barulho.
Bem me quer... Bem te quer...

Queres?

Vera Lúcia Bezerra
*imagens google

08 outubro 2008

Quero

"Quero Viver o silêncio"
que a meu ver,
consiste em esvaziar meu coração
de todos os incessantes pedidos,
pensamentos,
fantasias,
tudo o que eu venho guardando
dentro de mim por “você”...
esvaziar-me em tua boca.
E deixar um espaço para minha
alma se expressar serenamente,
["para que eu possa" ]
voltar a ser novamente EU.Feliz.
Vera Lúcia Bezerra
*Imagem Google

05 outubro 2008

... La vem poesia

Vem sem regras, sem ordem,
Antes que a vida descore...
Estanca a queda em voo livre,
Não mutila o refrão no seio,
“Sem freio me engole”.

- Enlace os braços que se estendem,
as costas são as minhas
... Se ainda não morri,
Abraaace-me...
antes que eu caia, no chão?

... Se a dor me parte,
é no corpo da tua voz que me fecho,
“enlaço-me nos fios de seda das tuas meias”
Vira sonho em pé, em um corpo costurado,

- voo caindo, diante do que me vem,
vem, e eu vou findo.
Morro todo dia um pouquinho,
até eu me acostumar com
o peso da mortalha, visto ininterrupta...

Atrás da "minha" frente, fica apenas o céu...

Vera Lúcia Bezerra
Imagens Google (direito de imagem Google)

26 setembro 2008

...Quando tudo parece que já foi dito,
Tenho um alfabeto de histórias em cada letra...
Então eu vou criando um conto diferente
do que eu gostaria de ti contar,
"é pra não assustar"
vai que vira vento sorrateiro...
To inventando portas, hora dessas
me encontro.
...
Vera Lúcia Bezerra
*Imagem google

25 setembro 2008

O anjo in verso embaço das asas...

Vejo-te anjo abusando os encantos...
curvando-se ao náufrago...
Longos braços. Tu, um assemelho a alinhado manuscrito, espiando-te, página resumida encharcada, cultivo em pensamentos curtido, um principia de linha, com alerta de desvio... para alma alada, acalanto do vôo.

Nas páginas turvadas, finos vincos das dobras, “Lançam-se náufragos os dizeres etéreos apaixonados” ... á vista dos vário sol, variante das noites das mesmas luas!

...Borrões manchando os remendos dos manuscritos, Inoportuno ao anjo, de olhos desconfiados absorver os amontoados de textos desbotados...


Tanto te tentas e... despe as aladas!
“Assenta-te pra dosar com a tua ternura, a leitura e o vinho”
que á traga o trago pro alento do pensamento, um afago.

Silencio infundindo envolve, absorve, se aquece... entorpece...
Entre o esmago da mão, o embaço ofusca o cristal da taça,
perde o olhar na transparência vazia sem feitos,

quase trinca, cheia... na garganta não há ceia.

Navegas á embriaga-te no enredo que te põe nas teias da rede!
... E já não queria que fosse o vidro á roçar teus lábios...
só a língua intervirias á molhar a secura da textura entreaberta...
o ar se aperta nas narinas, que o expele em arritmia,
... embriago negado.


Na lente de vidro, os reflexos da imagem é miragem
que brinca, que tentam, “nada” no vinho.

Estações desprendem folhagem, arrasssssta vento...
E as asas, que faria?
Contra tempo, fim da margem. Não bebia, sonhava, sentia?
Para mais vontades descrerem, uma só taça não cabia.

Vera Lúcia Bezerra
*Imagem google

24 setembro 2008

Rega o cipreste

A oração vai ao tempo
apurando a essência de amor.
“tomara apuros iguais, o rosa como em flor”.

- no sombreiro eu li há menção

de frio e chuva nem liguei, eu ri,
casamento de viúva.

...não tardou e o furacão
desviou a maré, e pra “outra” direção
passou a mão na minha fé
Alguém viu, sabe quem (“é”) ?

“aquela rosa que me deste”
Que em meu jardim fez amor,
plantou ruas de ciprestes
e a esperança cultivou...

Noutras terras se afirmam que ela é rosa da paixão,
Onde passa, queima á vista, e devasta a razão!!

Minha flor de amor infindoooo,
fiz menção em ir busca
“Quando eu fosse um poeta,
a mão soubesse o risco aprumar,
os marabalos de artista, pingo aqui, verso acolá”

Mas, “a flor de amor recito”, só se vinga onde á regar
com os feitos de acalentos, que não sei onde será!?

...E assim a levou o vento pra cultivo noutro lugar...
Deixando-me sem, semen te, sem jardim pra me cuidar,
Restando as mãos sangrias, e a correnteza no olhar...

Vera Lúcia Bezerra
* Imagem google

...E na fotossíntese

Rasga-se a casca,
arranha a face e
verte –se o chão,
morre o grão sem
Contemplar-se?

Rompe o encantamento...
Posta- se diante ao vale verdinnnhoo!
Espreguiça e desponta
sobre o olhar eriço,
“gosta disso”, se sente muda e
goza do calor que o desnuda...

- A incerteza que era prosa também prova!
Encandeia-se, desincumba... Vira rosa.

De prosa em provas, podem-se tudo,
tudo o que a pureza da alma falar...
Enamoram-se no chão,
entre vales e veredas,
ao frescor da brisa, e...

“Que, na bifurcação das sombras,
que, Entre beijos réstias,
Já não temem se acordam,
se sustentam, Gemem”!

Mergulhados na explosão
dos poros, ramas se abrem,
mãos exploram, esmagando as
florinhas que nascem nos
lençóis dos corpos

“brotos despontam com a rega de bocas”,
Alforriando a mudez dos zumbidos,
“despidos transpiram”... ahh,
...cílios preguiçosos
varem o embaço suado do orvalho,
refletido nos espelhos dos olhos...

E o horizonte vira lua crescente,
a expressão do tempo dissolve as tiaras,
incandescido chora...
o que te habitas, são verdes jazidas e floras.

Vera Lúcia Bezerra
* Imagem google

21 agosto 2008

Sem postagem

Tu bem entendes
desta fome,
percorre todos
os cantos deste piso,
e jaz se dela comem,
consome!

Neste plano,
neste caminho do nada,
sem postagem tua,
sem imagem, sem mim,
sinto o frio de a lâmina
atravessar meu corpo
e nesta a morte
de um não, de um sim.

Eu olho esta página vazia,
eu querendo estar por traz dela,
passar e tocar - te derrepente,
bem perto e assanhar teu juízo.
Mas, cerraram meus lábios
as palavras, serra
em meu infinito a loucura,
repouso meu mundo surdo,
relendo as horas perdidas,
e às vezes eu tenho vergonha...
Então; eu choro pelos meus
lamentos pedidos.
*
Vera Lúcia Bezerra
imagem google

Rosa, Lilás, Vermelhoooo

"Todos os enviesados rosas, por
onde transpassa o intrínseco lilás,
são pra enfeitar o sagrado em meio
aos cetins, impregnado de carmim
na parede do santo".
Somente as lágrimas passam "agora",
sobre o sorriso embargado da poesia.
Vera lúcia Bezerra
imagem google

19 agosto 2008

Devera poesia Morena

... Oço a tua voz e
vou me dissolvendo,
num ritmo eufórico de
alegrias tomando posse
do meu corpo...
desprendo de mim...
um coração em descompasso,
flexível á essa vontade de ti...

Nas veias correm rios de fogo,
que já não se apaga com brisa....

Meu inverso é amor, e o verso paixão...
A urgência é na pele, em apelos vãos...
a coragem, é como floração juvenil,
que sem rodeios, diz sofrer de tanto amor...

Mas, devera apenas a alegria
que te ouvia...

Tu te vais... Nos últimos raios de sol,
fugindo do meu horizonte sem riso...
Me ponho na ponta dos pés, e quase,
quase envergo a boca...

Te vaiisss...
"Minha alma se sente fria, e se rencolhe",
a poesia mergulha no tinteiro da noite...
"minha Morenaaaa"... A
hhh!
Nada viu...

Vera Lúcia Bezerra
imagme google

17 agosto 2008

Poesia do teu olhar

Quando a poesia mareia
o olhar, estas á calçar os pés,
para depois se aventurar,
leve como bolhas de ar...

Na falta de Sol e Chuva,
naturalmente tende
á envergar,
desmancha-se em
murmurinhos,
Pra que “Novamente”, a diva
venha de encontro á regar-lhe,

Ainda assim, nas noites nebulosas
ela se solta á vagar...
Entre "anjos, jardins e rosas",
sente-se preciosa,
desanuviando o seu olhar

mas, se demora a estação,
que primavera que verão,
Perde-se, faz confusão, e alenta
seus passos sem vingar,

somente a luz “decerto teu olhar”,
clareia as tempestuosas,
tornando-a firme e viçosa...
e a poesia formosa, torna a brotar.

Vera Lúcia Bezerra
imagem google

11 agosto 2008


Hibisco Branco
Se-mente, não planto,
se já é planta, que olhar o tem?

...Por enquanto me busco,
"até que tu abras o meu busto",
até que abras o teu...

pra eu crer, que não é sertão,
o ser.



10 agosto 2008

*

Mel?

... veneno poético

em minhas veias.


... a alma tem o céu...

o colibri tem á mim


"Agradecida senhor".



Flor do Serrado

Flor do serrado

Planto-me no calor
desse chão
pra enganar meu coração,
é certo que esse “ar" é

quente demais, é só venta,
e vais!!...

Queria mesmo era estar ai,
“deitar-me no capim

do seu jardim”
seria tão bom dormi,

ou simular uma sena
quase assim...

"Sentir o aproximar das tuas mãos
tocar o vermelho desse chão,
e ouvir um resmungado de si,
ao arranhar os teus dedos em mim"...

Bem que poderia cair,
uma das sementes despeça,
dessas que parecem bailarinas...
E se plantar na cintura da menina,

ver o germinar e o enraizar...
crescer, florir e fazer sombra,
pra que tu possas aqui descansar,
na fartura do abraço que te ronda...

* Vera Lucia Bezerra

* imagem google

09 agosto 2008

Hora e Espera

Andante descalça,
de ombros caídos
com teus passos soltos,
fingindo não mapear o relógio,


Que horas são?

Á esperar por hora clara, certa...
que ela se acertasse

e que fosse pontual...

Que fazes hora contigo?

O relógio percorre todo círculo,
e a minha hora desencontra

o ponteiro, não a achas...
salta o ponto,
como se este fosse precipício,

meu olhar indo distanteee...
voltando e nada trazendo,

e de novo repetia, ia... e nada!

Éramos apenas nós em circunferência,
ele o ponteiro,

e "em curtos" o meu juizo...

Em vão eu tateava o pensamento,
faltavam peças no relógio,
ou em minha engrenagem,

buscando aquele ponto de encontro (.)
que outrora fazíamos?


A hora á abraçar a espera
que não existia, mas, é tarde!
A hora esquecida adormeceu,
o ponteiro certeiro partil,

e a espera, é fértil...

Vera Lúcia Bezerra

Chama água...

Chama água...

Ainda abro a porta desta
comporta e regurgito
“ou engulo de vez”
esse apelo mais que meio,

Flor em chamas
“só chama” águaaaa...

"só a imaginação crer”,
nestes vôos no leito,
de borboletas,
de beija flores e

de quero, quero...
O seio se desnuda com a seca,
Chora a rosa, chora a esperança,
E o “louva deus” no roseiral...

O caule curva-se diante a estiagem,
a folhagem treme e amarelam,
os espinhos despontam
e os botões se apequenam ainda mais

Fiz fumaça, dancei descalça,
pedi chuva ao tupã! “e nada”
nadam apenas as meninas dos meus olhos,

Torra o chão,
torra até o caminho do grotão!
E o jardim não mais floriu

* Vera Lúcia Bezerra

Leitura na mesma Altura

o terço que canto é mantra,
a corte entende,
“meu rei, minha rainha”...
Ousei bolinar o teu véu de letras.
Quantas aves, Maria?

deveria me cansar com o esbravejo
dessa cantoria aqui no meu seio...

Mas, fui me afeiçoando!


Aves, Maria,
“É tempo de ouvir a voz de dentro”,
esse emoldurado de vícios sorrindo,
“desse apuro” sendo retratado
pelos redemoinhos destes dedos,
a ponta do lápis pedindo espaço
no branco do papel.


Sem aves Maria ...
Aqui o ar é puro.

“Trevas” é a cegueira perniciosa.
E não tem nome de demônios...
Grafitei empório místicos,

lindossss, até floriam,
“outrora tão hora”,
na franja dos meus cílios te via!

Bendito é o fruto da luzzz.
Vou-me, já.

Com os estrondos de
a agonia dormir...
passem dias! passem noites,
Pa sarasssssss sem penas,

mais uma pedra no terço, e bis.
um rabisco de luz para o
“eu” enxerga o foco,
o grafite marcando o
papel branquinhooooo,
e a poesia á quebrar linha,
vai sumindo, sumindooo

Vera Lúcia Bezerra
Imagem
Muriel Josephine Cockell Scott

Minha amiga "Carmen"


O frio lá fora...

Mas aqui dentro,
temperatura de boca de vulcão em erupção...
lava por todos os lados...
incandescência...
labaredas formam
cordilheiras altíssimas ao redor...
poesia acesa...
eu, ao pé do altar...
o poeta dorme,
eu canto louvores ao amor,
pura chama me chama

* Carmen Regina Dias

No palco

A canção não se firma,
se despede a maestrina,
guarda os braços, e o coral se senta.

Arrisco um fiasco de voz,
mas a minha garganta
craquela, inaudível...
trava o coro seco de paixão,
e os teus ouvidos nem ouviram...
"CoUro sEco" tem beleza não?

A língua sedenta se emborca á fonte hibisco,
o carmim das teias eriçam, e "branco fica”,
te vejo envergar á uma outra platéia...

Noutra arena, o encanto,
toma o “Aplauso das mãos”...

“atrás do palco, me amargo fel”
universo despeço...

Talvez assista a nebulosa em meus olhos,
Talvez minta, não vê as bolhas dos meus pés,
marchando no tira teima,
talvez essa versão te surta o corpo...
e não mais foque a tua imagem, noutra fonte...
Vera Lúcia Bezerra

08 agosto 2008

Conflito

O olhar não faz jus á criatura,
Cheia de crenças

Pudera ao menos uma mão
arcaica abrindo covas,
plantando regas de esperança,
assim; como é o horizonte,
“cheio de olhos verdes”,
“formosura sem moldura”

Eu vejo “eras”, e é
gritante o reforço do verbo
na pele judiada do
sujeito... “Eras”
sem o valor que o preze.

“Só”, o Cícero é rogando,
quem mais titularia o altar
por oferendas tão calejadas,
por dobradiças cheias de fendas
“que mal se sustentam”?

O olhar é um espírito crítico...
Na ponta do tato, redemo“inhos”,
que não empoeiram o planalto,
a boca que avisto, tem o fundo negado,

"quase de encontro ao chão”.

*Vera Lucia Bezerra

06 julho 2008

Ser Teu Amor

Ser Teu Amor ...
A poesia que devoro me devora!
Meus olhos percorrem o deslizardos
teus pedidos, querendo estar dentro
destes. Chegam-me como pétalas
passeando hora suave,
hora quente sobre minha face,
provocando a malícia e adoçando os
meu sentidos...
Teu sabor! Sonhar... e sonhar...
Ouves o quebrar dessa barreira,
“minha nudez” se desfazendo em
versos, aos teus olhos mortais.
Eis me ai...
Debruce sobre mim, e com a fome dos
teus dedos desenhe sobre meu corpo
os teus arabescos secretos
Afunde a tintura dos teus lábios em
meu seio, é seu, não vê?
A leitura Intrínseca pulsando
do “sempre” bem aqui.
Toma-o rosado dos botões,
diz as palavras sagradas pra findar
o meu mártir minha “Linda” alquimia

Vera Lúcia Bezerra

29 maio 2008

Primavera de Carmen Regina

Lá no Sul, em Cascavel
Beija flores matizam o céu,
ao ensaio retomam as flores
se abrindo aos seus amores,

Varrem o chão as vassourinhas,
Fazem regas as andorinhas,
viram broto, as sementinhas,
as estações fazem filas
pra poesia regar", até a
Antonina faz o mel,
láaaaa no Sul de Cascavel!

Eu, tão longe!
O que digo o que faço
Querendo tanto o regaço?

... a porta do templo se abre,
O meu coração se sente um
madeiro! Mapeando o ritual,

Lá vem ela!

Se, são curtas as pernas do
tempo, pra que tanta inquietação?!

A imagem segue incorporada a
letra, o chama da arte me arde,

Lá foi ela!
A sorte assim, a quer,
“Primavera na estação de cascavel”
*
Vera Lúcia Bezerra
Imagem linda