15 novembro 2008

Pura Vervain

Adoração ao verso
como-os como sendo meus, Teus.
Para mim pura Para ti vervain,
por isso ainda mais limo.
Minúsculos esconderijos...
Por onde agora correm as mãos,
Que posto sobre as pernas
“[sobre o vermelho rubro
dos cetins,
dos lençóis,
úmida seda brilhando na noite do meu bem]”.
Noite que me imploras,
Que não me imponho...
As bocas por si se abrem
As línguas se afogam...
Não se estranham os dentes,
Mas, comem-se...
Os corpos tombam
as maratonas no caminho certeiro das mãos,
Que valsam uma única canção,
“E ouçam... um coro... Um choro”!
Os poros se rendem desaguando os apuros,
e não há uma única gota de dor....
Dos pés se esvaiecem as raízes!
Sem chão os corpos vão caindo...
Caindoooo...
Sobre o algodão,
e a pele que era gruta guardada
desvendam as rendas... e
Sobre as estampas se cravam
as unhas,
os dedos,
tremendo de desejo,
Onde tua, minha língua passeou...

Vera Lúcia Bezerra
Imagem Google