08 novembro 2008

...Mudanças, Ladeira sem carrinho!

Onde passaram as rodinhas de rolimã
tombei minha boca,
Não me deixaram dor de dente,
nem dedo arrebentado que o
Cuspe não curasse...

Sorriso estremecia dentro
do veículo imaginário, costas arqueada
sem consciência adivinhas...
Nada queria, Alegria corria solta,
pedra polida colhida no córrego valia ouro...
Caminhos eram os riscos das rodas ficando lá atrás...

Imagens sem pecado, eu de fato dentro
de um poço! Nem rezava o credo,

Adorava brincar de fantasmas,
Andava descalça, tomava banho
de orvalho comendo marmelada
Na estrada, ninguém me via.

“Às vezes a criança chorava por coisas
Que não conto, por me dá preguiça...
Mas tristeza não tinha chão”.

Hora vou lá... Planar nos sonhosss
- Não subo a ladeira sem o rolimã,
E não morro de tantas coisas quando crescer...

Firmou em mim...
Um rastro sonoro de risos todos os dias,
Tesouros são as cascas coloridas de besouro,
“Descabeladas”, minhas bonecas no milharal...
O gliter das asas das borboletas em minha mão,
Os mistérios e fantasia que só eu via...

Vera Lúcia Bezerra
Imagem Google