15 dezembro 2008

Renascer

Lendo as estrofes da canção
a alma canta...
Às vezes me encontro
com o texto que cobiço,
será? Ah, amor
Maluco amor
Como é possível destroçar
tamanha loucura nas
entranhas de mim?
E de onde saiu esse mim á
dançar sobre o alicerce
fazendo-me escapar da
rigidez desta plataforma?

Sou despida por teu
“sopro” eu evaporo
Minhas partículas em
reinvento por sentir- te
Eu renasço, e o único peso
é a umidade da
placenta sobre minhas
Pálpebra... Vejo-te!

Peço teu colo e nele
Empoço-me... enrosco-me,
Debruço-me sobre tua boca
teu infinito á mim...Tenho

Céu copula o mar
o tempo é lento...
Nesta linha gaivotas
nos recitam.

Vera Lúcia Bezerra
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08 dezembro 2008

Beija flor, "Linda"

Em meio aos rascunhos os suspiros,
A vontade mergulhada no imaginário,
Ah!
Teu Cheiro sonhava,
Tomar da doçura,
Tocar a formosura,
Sentir os deslizes dos
Cabelos entre os dedos,
E lamber as orelhas...
Vagas distante bem
Além dos norte... e

- Haverá de encontrar
Os teus olhos...
Abrir a tua boca
E mostrar o estômago vazio,
O espírito cor de rosa á flor da pele!
"A carne que já é queimando"
O Suor ardendo,
E o cheiro esvaindo das
Almas se servindo da bebida doce,
Amareladas de pólen...
“O tempo se sentou bem ali!
E parou com a cabeça girando entre
As mãos que lhe apoiavam o queixo,
Nem juízo fez,
Que jeito”?
Unirem - lhes
Beija e flor
E “Linda” amou-lhe.
E amou-lhe mais ainda.

*
Vera Lúcia Bezerra Freitas
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22 novembro 2008

Vem Dor mi

Há quase uma inverdade
na boca do poeta
Onde o verso cru agonia...
Mas é
Na nudez do seio que as rochas lapidam
Destroçando tuas ideias,
e em tuas veias um rio de perigo...

Desenhando

As marquinhas do grafite contornam
a crença do poeta,
e quando chegam ao sagrado
quedam sobre a tua boca,

minha curva predileta...
Oceanos se formam,
Mel e sal em abundância,
As ondinas dançam
Horizontes delineiam-se na distância
As estrelas se acendem,
Junto aos tornozelos de
Vênus
Meus
pobres versos
se rendem.

veraluciabezerracarmenreginadias
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16 novembro 2008

Inspiração de poeta

... Então arranco a pele do poeta e ...
eis que surjo,
identidade original,
muitas almas num mesmo corpo de poeta!

... Assumo eu em ti, acolhes, e
“Quando me pareço, não sou quem estou”...
Manifesto noutro segundo que alguém lê.

- Mas, me arraste uma mesa com
lápis e papel...
Traz borracha meu amor.
Fusão diante a tua alma...
Nossas aspirações pulam a janela
dos teu olhos...
Uma mão abre as cortinas
das valas,
e a outra deposita
a esperança em um grão...

veraluciabezerracarmenreginadias
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15 novembro 2008

Pura Vervain

Adoração ao verso
como-os como sendo meus, Teus.
Para mim pura Para ti vervain,
por isso ainda mais limo.
Minúsculos esconderijos...
Por onde agora correm as mãos,
Que posto sobre as pernas
“[sobre o vermelho rubro
dos cetins,
dos lençóis,
úmida seda brilhando na noite do meu bem]”.
Noite que me imploras,
Que não me imponho...
As bocas por si se abrem
As línguas se afogam...
Não se estranham os dentes,
Mas, comem-se...
Os corpos tombam
as maratonas no caminho certeiro das mãos,
Que valsam uma única canção,
“E ouçam... um coro... Um choro”!
Os poros se rendem desaguando os apuros,
e não há uma única gota de dor....
Dos pés se esvaiecem as raízes!
Sem chão os corpos vão caindo...
Caindoooo...
Sobre o algodão,
e a pele que era gruta guardada
desvendam as rendas... e
Sobre as estampas se cravam
as unhas,
os dedos,
tremendo de desejo,
Onde tua, minha língua passeou...

Vera Lúcia Bezerra
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13 novembro 2008

Dor mi


Enquanto dormias
Faróis ardiam,
e o mar afogava as fábulas
dentro dos meus olhos...

As narinas derretendo
trazendo as vertigens que a alma
não permitia!

A lua ofuscava o interior da senzala e
Engolia o caminho das estrelas,
A noite açoitava...
O calor não me tomavas,
o frio governava sem doçura,
nem afagos, nem luxuria...
Despias-me,

Em nada mais acreditava,
imagem, miragem...ilusão?

- E o semblante gentil
do maior profeta
do futuro que me cria,
Alumia pra luz doutros dias?
Sopras
soprassss me.
Então eu creio.
E pareço que nunca
vi o passado.

Vera Lúcia Bezerra
Imagem Google

12 novembro 2008

Que bicho é?

...Há tempos e
Temporais,
Há ainda quem
molhe a pele já fria,
há frio que é fogo...

Quem sustenta
as pernas que tremem?


"
Se as asas se enrugam
o corpo trinca e o verbo cai"
- O que era gemido
Nem zumbido,
se esvaece...

Deixa-me que engulam os
Redemoinhos...
eu os faço soprinhos e
Danço na fúria desses ventos...

Nada tenta...
Nem a voz do anjo...

- Ah meu anjo, que bicho é eu?
To querendo o atrevimento!
- Já que não posso da carne,
ao menos sentir o cheiro da seiva,

Descamisa vento, que
Banho-me no colo das nuvens,
em teu leito nú esqueço

e deleito-me...

- Anjo, dou-te o que eu disse
que eram meus,
As minhas miçangas,
os desenhos e bordadinhos,
As lantejoulas dos meus olhos...
E enquanto durmo,
que sejam elas as tuas
Lanternas, e que tu possas
Generosamente
Olhar aquela janela... bela!

Levo comigo os teus
molhos de terços pra queimar
as minhas mãos!
- Mas sei, adianta NÃO.
Devoraria o queijo furadinho da lua...
Comeria até a fome do leão.

Vera Lúcia Bezerra
Imagens Google